É possível retirar a mordaça e ensinar a fala? Futebol se discute sim, política e religião se discute, estuda-se e se aprende. A mordaça blinda, protege (a quem), provavelmente movendo com fatores no subconsciente do amordaçado, como um libelo ou um látego, de indefesa a indefensável, sentindo-se punível por atos que sequer suspeitou. Sem líderes nem o povo, nem os trabalhadores, nem os quase intelectuais, nem os estudantes, menos ainda os professores do ensino público, que os do privado jamais puderam, não há posicionamento revolucionário. Não compromisso nacional, não há compromisso com outro futuro que não seja a garantia pessoal de emprego e benesses. E revoluções são tão necessárias quanto as evoluções. Constrói-se futuro ou continuísmo. O Brasil político tem sido sustentado no amordaçamento imposto sobre quase todos e na omissão natural dos religiosos, e disso a chamam classe média. “Classe média” hoje formada por alguns profissionais liberais e muitos funcionários públicos, servidores antes de si mesmos, na burla e no benefício de leis corporativistas que não permitem à sociedade que avalie e julgue, funcionário do Estado, do judiciário ao executivo, servem-se autogerindo da renda às obrigações.
O poder deve. Quem está no poder deve.
A lei da mordaça nos faz ouvir galvões e bonnner, humoristas de fachada. O momento passa, eu passo, o momento pode ainda ser, teremos tempo de conseguir aprender a praça pública?
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