Manhã de azul completamente céu,
em que o destino do homem
É claro raio de Sol
Ou noite.
Hora semelhante àquela sobre as areias
Em que afronta sua hora o homem
Sobre as ardentes dunas
Dos desertos.
É sempre dia claro após as borrascas
E as mais intensas tempestades
Das fúrias despertadas
Na vida.
Manhã, hora e claro dia sempre
Quando antecede o momento fatal
Do derradeiro embate
A escolha.
E seremos cada um a seu modo
Trevas ou luz, amor ou ódio,
Luminosas esperanças vivas
Ou pranto.
E estarei a teu lado e dos homens,
Velhos, crianças, desamparadas e tristes
Apenas porque posso ir ou ficar
E decido.
Encontrando na escolha a resposta
Serei amanhã, raio de Sol ou estrela
E conduzindo um deserto
Encontro.
Serás como árvore de frutos doces
Á sombra da qual descansam as armas
E se recuperam os ideais
E as forças.
Serás como a flor que há no campo
Em meio aos destroços e anunciando
que sempre haverá amanhã
E vida.
Serás como a desdentada criança, rindo
O inocente riso das inocências
Mostrando aos sobreviventes
O amor.
Serás como o velho alquebrado e à morte
Ressequido e frágil, solitário e triste
que mostra aos jovens e fortes
A passagem.
Serás a razão da ponte no leve passo
Justificando o forte pilar que sustenta
A decisão de ser
E o rumo.
E saberás por este momento intenso
Que somente uma vez nos encontramos
Depois seremos senhores e pilares
Para os passos.
Da humanidade que segue eternamente
Pois mesmo à hora derradeira segue
Outro momento, outra transformação
Sempre.
Serás também um momento decisivo
Mas pela própria e clara manhã
Do alvorecer do que terá de vir
Em teu ser.
Serás deserto ou praia, estrela ou campo
Alegria ou dor ou tudo isto
E o que mais te encontre
Em vida.
Serás a glória eterna do renascimento
Da consciência e da vontade
E crendo dirás em meio à vida
“Eu sou”.
domingo, 30 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário