sexta-feira, 28 de maio de 2010

POE 901.901

Como seria se não estivesses,
não fosses esta incompleta presença
que traz todas as possibilidades?
Será possível que a liberdade te prenda
e a questão que tenhas
seja medo de que não possas?
Se te prendes ao que pensas
és imensas em teu mar
temendo que eu não seja oceano.
Saiba que se o amor
não me levar a levar-te
me fará navegar nos limites
onde há todas as profundidades,
e se não houver teu mar,
o infinito de tua presença,
haverá uma nova cicatriz no peito
e a certeza de que poderia ter sido,
de que sempre será possível.
Serás plenamente feliz um dia
e eu terei a esperança ao invés da chaga.

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